Para alguém acostumado a contar histórias alheias, por conseguir observar bem o que estava a seu redor, passar a olhar para si mesmo pode ser um caminho sem volta.
Foi o que aconteceu comigo. Minha trajetória profissional começou como repórter e apresentadora de televisão, passou pela influência digital, pelo coaching e chegou ao mindfulness.
Para você entender como cheguei aonde estou, preciso fazer um breve relato.
Em 2007, ainda vestibulanda, tive uma crise de estresse e, em 2008, assim que entrei para a faculdade, fiquei em estado depressivo. Esses dois episódios foram marcantes e responsáveis por eu mergulhar no autoconhecimento: em função de ambos, fiz terapia, yoga, diversos cursos, passei a ler livros sobre o assunto. Sempre estive muito interessada em assuntos relacionados a desenvolvimento pessoal, bem-estar, felicidade, funcionamento da mente, espiritualidade, mas tudo ganhou uma outra proporção depois desse período.
Alguns anos depois, após atuar como jornalista e produtora de conteúdo, é que me percebi insatisfeita com os rumos da minha escolha profissional. De alguma forma, foi como se o olhar que buscava a notícia, a novidade, o externo, fosse sendo direcionado para dentro de mim mesma, passando a buscar o que existia (e existe) na minha essência.